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Lua Cheia em Áries: temporada de acordos

  • Larissa Moggi
  • 30 de set. de 2023
  • 3 min de leitura

Ápice da lunação virginiana acontece na sexta-feira, 29/9, às 6h57, no grau 6º do eixo Áries-Libra

Na lua cheia falamos de oposição. E o que está oposto a nós, enxergamos através da projeção. É nessa fase, principalmente, que nos reconhecemos ainda mais através dos outros. A lua cheia por si só fala de uma sociabilidade maior. No eixo do eu e do outro (Áries-Libra), isso fica ainda mais em evidência.


O sol está no signo de libra e a lua em Áries. E nessa sexta, às 6h57 da manhã, eles ficaram exatamente opostos, cada um no grau 6 dos respectivos signos. Em nossos mapas, essa área da vida, no momento atual, está chegando a uma culminação, a algum ganho de clareza clareza ou mesmo resolução. Como estamos falando de oposição, possivelmente isso pode estar ocorrendo por meio de algum conflito.


Independente de qual seja o cenário, a pauta é essa: o eu e o outro; o amor: o do outro e o autoamor; a nossa individualidade nas relações; ter iniciativa, ir à luta = áries, mas dentro de uma conduta que envolve o outro e que nos traga harmonia = libra.


Estamos sendo chamados a refletir se nossa ação está em harmonia com aquilo que a gente deseja.

Como estamos falando de uma oposição e isso geralmente fala de um conflito, é provável que não. Pelo menos não na esfera relacional. E será justamente através das relações (sejam elas amorosas, profissionais, de amizade) que vamos ganhar clareza sobre isso.


Por maior que seja nossa vontade de afirmar nossas vontades, o cenário está nos pedindo cautela. Algo que nem sempre, em Áries, é fácil de exercer. O regente de Áries, portanto regente dessa lua cheia, Marte, está no signo de libra. Ainda estamos falando do nosso poder de ação, do nosso desejo de ir à luta e de vencer todas as batalhas. Mas acontece que, para essa batalha, estamos com ferramentas não muito familiares para Marte, o Deus da guerra. Para que a gente não saia completamente ferido dos conflitos relacionais que estejam aparecendo nas nossas vidas, vamos precisar fazer uso do tato, da diplomacia, gentileza, do silenciar e ouvir o outro e esperar a nossa vez de falar.


Essa lua cheia tá acontecendo junto com o último encontro desafiador da Vênus com urano. Ou seja, de um lado pode estar você insistindo em permanecer no mesmo lugar. Do outro está a vida insistindo em te tirar daí. Ou, pelo menos, mudando a forma de estar onde você está. Querendo ou não, a mudança está acontecendo e ela está reformulando sua percepção do seu próprio valor.


Se a gente seguir destrinchando esse céu, vamos perceber como a dinâmica eu x o outro está fortalecida. Acabamos de falar que Marte, o Deus da guerra, está no signo da conciliação, libra. Quem rege libra é Vênus, que está em leão finalizando sua longa passagem neste signo esse ano. Os nossos valores, Vênus, sendo representados pelo signo que fala do ego, do eu, do coração. Leão, por sua vez, é regido pelo sol, que está em libra. O eu, a nossa essência, sol, mais uma vez, sendo atravessado pelo outro.


Os acordos estão em pauta. Pelo menos a necessidade de que a gente olhe pra eles. Não deixe que a impulsividade ariana te impeça de considerar pontos de vista diferentes do seu. Seu valor próprio, sua autoestima e suas necessidades seguem sendo suas reais prioridades. Mas não se esqueça que não só é possível se relacionar através das diferenças, como é principalmente por meio delas que mais crescemos. O ponto de equilíbrio aqui é chegarmos a acordos que valorizam pela individualidade de cada um dos pares dentro de uma relação.


Toda relação com o outro é um reflexo de como está a nossa relação com a gente mesmo. E nem sempre parar para olhar pra isso é fácil. Pode doer muito, eu sei. Porque olhar pra certos lugares que a gente se coloca faz a gente enxergar como, às vezes, nós temos tão em baixa. Mas tudo bem. Porque reconhecer é o primeiro passo pra mudar esse cenário. O segundo passo é entender mais a fundo. E isso é mais complexo, porque é um processo e muitas vezes requer ajuda de profissionais, pra que a gente possa encontrar as ferramentas adequadas para o nosso processo de cura.


Sabe aquela história de que, pelo olhar certo você sempre será arte? Esse olhar certo precisa ser, primeiro, o nosso. Porque aí o outro pode até não enxergar ou não saber apreciar essa arte, mas nem por isso ela vai deixar de existir.


Boa temporada de acordos pra nós. Que cada vez mais a gente se coloque em espaços onde tenham aquelas pessoas que ser a gente simplesmente acontece, tendo um espaço seguro e acolhedor para todas as dores e delícias que é ser nós mesmos.

 
 
 

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