A volta pra casa à Luz da Astrologia
- Larissa Moggi
- 3 de jun. de 2022
- 4 min de leitura
Atualizado: 5 de jun. de 2022
Como cheguei até a Astrologia, e como ela me trouxe de volta pra mim.

Não estou aqui para falar de um momento que foi uma grande virada de chave na minha vida. Porque basta estarmos um pouco mais conscientes de nós mesmos para perceber que elas acontecem a todo o tempo. Algumas mais intensas, outras mais brandas, mas a vida a todo instante nos convida, através de oportunidades e desafios, a sermos a única coisa que precisamos aprender a ser: nós mesmos.
A nos despirmos das camadas que fomos construindo ao longo da vida. Nem sempre vamos gostar daquilo que está se revelando diante de nós, não é um caminho fácil. Se conhecer de verdade requer coragem.
Porque, na verdade, a ilusão que temos é que essas camadas, que construímos de forma inconsciente no processo natural do nosso desenvolvimento - camadas sociais, da educação, da criação familiar - nos protegem. É o que conhecemos como seguro.
Mas tudo aquilo que é construído de fora para dentro, por mais que faça parte de quem somos, é tudo, menos seguro. Não é de fato quem somos, que só começamos a descobrir olhando para dentro. É lá que está a verdadeira segurança, que não tem a menor pretensão de eliminar as incertezas da vida, mas nos ajuda a transitar por ela muito mais confiantes. Seguros de que mesmo quando nos faltar o chão, poderemos construir novos caminhos.
E falando em novos caminhos…
Estudo Astrologia há uns 5, 6 anos… cheguei até ela enquanto buscava por mim mesma. Eu PRECISAVA me entender. Na adolescência, comecei a dar os primeiros sinais de que minhas respostas estavam do lado de dentro. Fui internada duas vezes, fui parar em emergências diversas outras, passei por muitos exames para no fim ouvir sempre a mesma coisa: “Ela não tem nada”.
Como nada, se cheguei no hospital com a pressão a 4, praticamente sem forças ou consciência? Porque não era “nada” diagnosticável nos exames de hospitais.
Eu podia fazer quantos raio-x que fossem do corpo, era de um para a alma que eu precisava.
Foi quando comecei a fazer terapia, e mesmo assim, por muitos anos, ainda segui inquieta pela vida. (Inclusive, faço até hoje e farei pelo resto da vida, mas foram anos até encontrar A terapia, aquela de fato me auxiliasse no caminho). Estudei, fui para a faculdade, trabalhei, namorei, fiz amigos… Tudo aparentemente normal do lado de fora. Mas o desajuste interno seguiu, até que culminou num estado de depressão, no último ano da faculdade. Quando recebi o diagnóstico, eu senti mais do que alívio, senti felicidade. Por poder dar um nome e, por consequência, um tratamento ao que eu sentia.
Não sei dizer como, mas desde que tomei o primeiro remédio e a angústia que aniquila a alma passou, eu sabia que não estava curada. Não tinha clareza, mas eu sabia que aquele alívio seria passageiro se eu não fosse a fundo, não chegasse na ou nas raízes. Então segui buscando por algo que explicasse para mim a mim mesma. E assim cheguei até a Astrologia, com sede de mim. Quanto mais eu estudava, mais eu me aproximava de uma paz difícil de explicar, eu estava começando a me entender. Meu furacão interno foi perdendo força, e assim, eu me fortalecia também por fora.
Eu ainda tenho questões de saúde, claro, e acredito ser impossível não termos. O corpo fala com a gente, eu só fui aprendendo a escutar. E quando entendemos a mensagem, aquilo que serviu de mensageiro para nós perde sua força, pois cumpriu seu papel.
Há anos estudando Astrologia, quanto mais eu aprendo, mais tenho a certeza de que serei uma eterna aprendiz. Já há algum tempo, comecei a sentir que meus estudos estavam começando a transbordar. Indo para além de mim. E ainda, a vida colocou em meu caminho uma pessoa que transbordou a minha alma. Através desse contato tão especial que ainda não sei colocar em palavras, à trabalho em prol da Astrologia, pouco a pouco, a chave ia virando aqui sem que eu me desse conta com tanta clareza. Obrigada, minha querida Maria Eugênia.
A cada troca que faço a respeito da Astrologia, faço com a consciência de que, da mesma forma que não existe um único mapa igual ao outro (nem mesmo os gêmeos), podemos compartilhar a mesma experiência, jamais vamos senti-la da mesma forma.
Eu sou leonina. Como não ter me apaixonado pelo estudo que me apresentou a pessoa mais maravilhosa da minha vida - eu mesma? Hehehe… Não é só amor que sinto pela Astrologia, é gratidão. Por, através dela, eu ter me encontrado com a clareza de que isso em nada significa que eu não vá me perder de novo inúmeras e inúmeras vezes. Mas eu a tenho ali, sempre pronta a iluminar minha consciência para que eu encontre o caminho de volta pra casa.
Que através dessas trocas, ela ilumine também a sua. E que, à luz da Astrologia, a gente perceba cada vez mais a mágica que é se conhecer de verdade.
Pra terminar, deixo aqui uma música que representa o que a Astrologia foi, é e será sempre pra mim: a volta pra casa.
“Apenas continue aguentando, mesmo no seu limite
Eu, eu serei sua luz
Quando você está baixo
Eu vou te levar pra casa, carruagem
Leve de volta
Para onde você é, carruagem”
Que a gente sempre encontre o caminho de volta para casa… para quem, em verdade, somos.
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